→ Rotação: 16
horas 11 minutos
→ Translação:
164 anos
→ Diâmetro:
49492 km
→ Temperatura:
-193 C
→ Gravidade:
11 m/s
→ Luas:
14 confirmadas
→ Composição
da atmosfera: Hélio,
metano e Hidrogênio
Durante suas observações, o astrônomo Alexis Bouvard (1767-1843) notou que o planeta Urano nunca estava onde deveria estar. Bouvard fez então diversos cálculos da sua órbita, levando em consideração as perturbações gravitacionais provocadas por Saturno e Júpiter, mas mesmo assim as posições calculadas não coincidiam com as observações.
Na mesma época, o astrônomo francês Le Verrier (1811-1877) resolveu estudar também o problema e conclui que as perturbações deveriam estar sendo causadas por algum outro corpo, em uma órbita mais afastada. Conseguiu então calcular a órbita deste corpo, observando as perturbações que este causava em Urano.
Verrier pediu então a Johan Gottfried Galle (1812-1910), um astrônomo alemão, que explorasse uma região específica do céu, que constatou que a menos de um grau da posição prevista por Le Verrier, havia de fato um outro objeto e que não constava em nenhuma carta celeste. No dia seguinte, em nova observação, Galle constatou que o corpo havia se deslocado em relação às estrelas de referência. Esse corpo era NETUNO.
Atmosfera:
A
atmosfera em Netuno é densa, formada por hidrogênio, hélio e
metano, todos em estado gasoso. Orbitando tão longe do Sol, Netuno
recebe muito pouco calor, mas seus fenômenos atmosféricos são
consideravelmente ativos.
Em Netuno os ventos sopram em sentido oeste e podem atingir mais de 2 mil km/h. Isso ocorre provavelmente devido à falta de atrito da atmosfera com a superfície, onde irreguralidades como montanhas tendem a frear o vento,Netuno é lisa como uma bola de bilhar.
Os violentos ventos são responsáveis pela formação de grandes furacões, entre eles a Grande Mancha Negra - GMN , uma gigantesca tempestade do tamanho da Terra e que forma um enorme buraco na atmosfera do planeta, através do qual pode-se observar mais profundamente sua atmosfera.
Nuvens semelhantes as da Terra podem ser observadas 50 Km acima da Grande Mancha Negra.
Da mesma forma que Júpiter e Saturno, Urano e Netuno também emitem mais energia do que recebem do Sol, porém não existe razão para inferir que um deles tenha reservas térmicas bem maiores do que o outro.
Apesar de emitir muito mais energia do que recebe do Sol, a temperatura é próxima à de Urano, de 193 graus negativos.
Assim como Júpiter e Saturno, nas inúmeras faixas paralelas visíveis também são observadas diversas cores e tonalidades.
Campo
Magnético:
Em 1989, quando sonda Voyager II se aproximou de Netuno, detectou que seu campo magnético era muito parecido ao de Urano, inclinado 50 graus com relação ao eixo de rotação e deslocado no mínimo 0.55 radianos - cerca de 13500 quilômetros - do centro físico do planeta.
Esta não era uma coincidência, mas uma particularidade desses dois planetas, com campos magnéticos muito similares.
Explicando: Uma
das teorias usadas para explicar a formação desse campo é a das
correntes elétricas no interior do planeta. Na Terra, os
movimentos do fluído de níquel e ferro derretidos no núcleo geram
as correntes elétricas, que por sua vez geram o campo magnético.
Já em Júpiter e Saturno, o hidrogênio em sua forma metálica é
que conduz a corrente elétrica, gerando o campo magnético.
Quando se trata de Urano e Netuno, há uma quantidade maior de gelo e também menos hidrogênio do que em Júpiter, por isso é possível que os núcleos desses dois planetas sejam relativamente isolantes.
No entanto, um dínamo elétrico parece operar no interior desses planetas, só que ao redor do núcleo.Isso explica o fato de o campo não passar pelo centro do planeta. Porém a explicação de como isso ocorre é provavelmente uma interação muito complexa entre os fluidos do interior dos dois planetas aliado às suas rotações.
Os modelos de estrutura interna são bem confiáveis, indicando a presença, embora pequena, de ferro, silício e outros elementos que formam uma substância rochosa com propriedades físicas diferentes das conhecidas em rochas comuns.
Anéis:
Quando
os anéis de Urano foram detectados pela primeira vez, diversos
astrônomos acreditavam que Netuno também pudesse tê-los, o que foi
confirmado com a chegada da nave Voyager II ao planeta em
1989.
Assim que se detectou a presença dos anéis, acreditou-se que estes não seriam de fato anéis, mas sim arcos que não davam a volta completa no planeta. Com a aproximação da sonda essa dúvida foi desfeita. No entanto, em alguns pontos a densidade de matéria era maior que em outras, por isso a sonda, ainda distante, só pode observar alguns setores circulares dos anéis.
Acredita-se que esse amontoado de matéria em determinadas regiões dos anéis pode ser devido à presença de pequenos satélites.
A observação direta dos cinco anéis de Netuno só foi possível em 1984, devido à ocultação de uma estrela. Por serem muito tênues e possuírem apenas algumas dezenas de quilômetros, a observação direta através de telescópios nunca havia sido possível.
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