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A Terra teve anéis como nos de Saturno? E como ficaria o nosso planeta com os anéis?


Se algum asteroide passar muito perto pelo planeta e for puxado e esmagado pela força gravitacional, pode sim, mas nenhum planeta descoberto até hoje semelhante ao tamanho do planeta Terra contém anéis, além da força gravitacional dos planetas gasosos serem muitos mais fortes que os dos pequenos planetas rochosos, existem várias leis da física para que um planeta receba um anel, se você não sabe, Júpiter também tem um conjunto de anéis, mas é muito escasso, e não é perceptível ao telescópio comum ao olho nu, e Saturno além de ter esses conjuntos de anéis lindos, também existe um que não é perceptível ao telescópio normal.

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Sistemas de anéis nos planetas gasosos

Na teoria os anéis podem se formar por: Colisões de planetas rochosos, colisões de cometas e asteroides, para que a poeira e pedaços de rocha voltem para o espaço em redor de um outro planeta ou do mesmo e daí podem formar uma Lua, como a nossa, ou um sistemas de anéis, dependendo das características ao redor do planeta.

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Um sistema de anel bem distante de Saturno

Agora e se a Terra tivesse anéis, como seria? 

Em uma noite escura, uma mancha surge no céu e começa a crescer. Ela logo assume o aspecto de uma faixa brilhante e colorida, que se expande para o lado, em direção ao horizonte. Ainda faltam algumas horas para o Sol nascer, mas em um planeta cercado por anéis a alvorada começa mais cedo.

Fora a beleza do nascer e do pôr-do-sol, quase tudo na nossa vida seria mais difícil se a Terra tivesse o jeitão de Saturno. Se já tivemos ou não anéis permanece uma polêmica, tanto quanto ainda é uma dúvida como se formaram os círculos em volta dos outros astros do sistema solar (embora menos visíveis, há anéis em Júpiter, Urano e Netuno).

O impacto de um meteoro causaria explosões em todo o planeta, aumento brutal da temperatura e uma camada de poeira que cobriria a luz do Sol durante cerca de um ano. Grande parte da vida desapareceria, quase toda a humanidade incluída. Porém, quem sobrevivesse passaria a morar em um lugar completamente diferente. 

Um incrível anel em volta da Terra jogaria sobre nós uma enorme sombra, que mudaria de lugar à medida que o planeta girasse em torno do Sol. Ela se deslocaria entre os trópicos acompanhando o inverno: estaria sobre o hemisfério sul nos meses de junho, julho e agosto e sobre o norte nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. A largura da sombra também mudaria. Nos solstícios, quando ela atingiria seu maior tamanho, a escuridão talvez cobrisse uma faixa que fosse de São Paulo a Maceió.


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O anel refletiria os raios solares e diminuiria a quantidade de calor que o nosso planeta recebe. “Todo o clima da Terra seria afetado”, diz o meteorologista Peter Fawcett, da Universidade do Novo México, Estados Unidos. Ele montou, junto com o físico Mark Boslough, dos Laboratórios Nacionais Sandia, também no Novo México, uma simulação em computador do impacto que um anel teria nas condições meteorológicas.

O círculo opaco imaginado pela dupla é um tanto improvável, mas dá uma boa idéia do que poderia acontecer. No modelo, as áreas na sombra do anel ficam muito mais frias e deixam de ceder calor para as demais regiões. 

A temperatura média da Terra diminui 8 graus centígrados e só ultrapassa os 20 graus em pouquíssimas localidades, como partes do deserto do Saara. As camadas de gelo que hoje estão sobre os pólos se espalham por todos os continentes. Durante o inverno, por exemplo, a temperatura média no Amazonas passa a ser de 10 graus centígrados e toda a região ao sul do Mato Grosso fica debaixo de neve. 

Quando é inverno no hemisfério norte, o gelo passa a cobrir quase todo o Saara. O esfriamento reduz a evaporação da água e o mundo se torna mais seco. O volume de chuvas diminui em média 71%. Os ventos também se enfraquecem por causa da menor diferença de temperatura entre a linha do Equador e os pólos.





Não é difícil imaginar que a vida na Terra como a conhecemos passaria por maus momentos. As espécies que sobrevivessem ao asteroide precisariam se adaptar às novas condições, mas em contrapartida teriam muito espaço para crescer. “Nessas condições, a evolução acontece de forma rápida”, afirma o paleontólogo Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). 

Os animais de hoje talvez dessem origem a espécies mais bem adaptadas em algumas dezenas de milhares de anos, uma piscadela em termos evolutivos. As beneficiadas seriam aquelas já adaptadas a viver no frio, como pinguins, ursos e peixes polares. Insetos e pássaros, pela enorme quantidade de espécies que existe hoje, também poderiam desenvolver truques para migrar entre as áreas ou resistir às variações sazonais. Hibernar para fugir do frio seria uma habilidade invejada. Para nós, caçar e pescar seriam boas fontes de alimento, já que plantar e criar animais seria muito mais difícil.




É provável, no entanto, que a brincadeira não durasse para sempre. “Os anéis tendem a se dissipar pela ação de efeitos como a radiação solar ou colisões entre as partículas. Se não houver um outro mecanismo que os preserve, como a ação de um satélite, eles podem desaparecer em alguns meses”, diz a astrônoma Silvia Maria Giuliatti Winter, da Unesp. 

O cenário montado pela simulação de Boslough e Fawcett se assemelha às eras glaciais que o nosso planeta já teve, em especial a do Eoceno, há 35,5 milhões de anos. A descoberta reforça a ideia ainda bastante controversa de que, durante esse período, a Terra tenha tido anéis gerados pelo impacto de asteroides e que desapareceram 100 mil anos depois. Se o novo anel tiver o mesmo destino, milênios depois o planeta voltaria a ter características muito parecidas com as de hoje. Já os habitantes teriam mudado para sempre.

E abaixo temos duas ilustrações:

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Se afastando da linha do equador, veremos a beleza no céu: Aqui é Guatemala


http://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2013/05/earth-rings-4.jpg
 Washington (EUA)

 Ilustrações de Ron Miller

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