Os cientistas chegaram a uma teoria que poderia resolver um mistério sobre a massa das estrelas.
Em 2010, cientistas da NASA descobriram 4 estrelas que superavam
absolutamente tudo o que já tinha sido observado – elas possuíam massa
300 vezes maior que a do Sol, sendo duas vezes maior do que os astrônomos julgavam ser possível.
Agora, pesquisadores da Universidade de Bonn, Alemanha, dizem que as
estrelas que são partes da Grande Nuvem de Magalhães, 160.000 anos-luz
de distância da Terra, podem ter adquirido grande massa devido a fusões e
aquisições.
Até 2010, pesquisadores imaginavam que o limite de
massa para as estrelas recém-nascidas deveria ser 150 vezes a do Sol.
Este valor representava um limite universal e parecia aplicar-se em
todas as estrelas em formação.
“Não apenas o limite superior de
massa, mas a massa inteira de qualquer conjunto de estrelas
recém-nascidas parecia ser idêntica, independente do local do nascimento
estelar”, declarou o professor Dr. Pavel Kroupa da Universidade de
Bonn, coautor do estudo, em entrevista ao portal britânico DailyMail.
O processo de nascimento de uma estrela parecia ser sempre o mesmo e
universal. Mas, as estrelas no sistema R136 na Grande Nuvem de
Magalhães, mostrou que o limite teorizado estava errado.
O
grupo de cientistas de Bona modelou as interações entre as estrelas
encontradas. Em seguida, simulações de computador foram efetuadas
montando o aglomerado de estrelas em um modelo inédito, permitindo o
máximo de proximidade com o aglomerado, criando um conjunto com 170.000
estrelas.
No início das pesquisas computacionais, o cientista
Seungkyung creditou que as estrelas possuíam ‘massas normais’. Para
calcular como isso mudou o sistema relativamente básico ao longo do
tempo, o modelo teve de resolver as equações mais de 510.000 vezes. A
simulação foi complicada, levando em consideração reações nucleares com
liberação de energia, fatos ocorridos em colisões estelares.
“Uma vez que estes cálculos foram feitos, rapidamente se tornou claro
que as estrelas supermassivas não são nenhum mistério”, disse Sambaran,
um dos responsáveis pela criação do modelo computacional.
“Com
tantas estrelas massivas muito próximas em pares binários, há
inevitavelmente encontros aleatórios, alguns dos quais resultam em
colisões onde duas estrelas se aglutinam em objetos mais pesados. As
estrelas resultantes podem facilmente acabar por se tornar ultramassiva
como no sistema R136”, relatou o cientista.
Apesar dos cálculos
extremamente complicados e da Física avançada envolvida para entender
os processos de colisões entre as estrelas de grande massa, os dados são
suficientes para formular um novo entendimento sobre o que ocorre com
estrelas 300 vezes a massa de nosso Sol.
A Grande Nuvem de
Magalhães é um tipo de galáxia considerada “anã-satélite”. Ela orbita a
Via Láctea e possui o diâmetro 20 vezes menor do que nossa galáxia, além
de ter 10 bilhões de estrelas.
Sua forma não é bem definida,
mas possui traços que lembram um espiral. Estima-se que a Grande Nuvem
de Magalhães tenha sido há bilhões de anos, um dos braços da espiral da
Via Láctea que teria se ‘soltado’, tornando-se uma galáxia sem forma
definida.
Esta “nuvem” é um terreno fértil para a formação de
novas estrelas. O local com maior formação estelar é conhecido como
‘Nebulosa da Tarântula’ com 1.000 anos-luz de diâmetro, onde foram
encontradas as quatro estrelas supermassivas.
Olá, TsuLovers! Sou Rafael Lobato, e esta ideia de começar a fazer este tipo de divulgação científica começou simplesmente por acaso assistindo os episódios de Cosmos de Carl Sagan na minha infância, eu fiquei maravilhado com a vastidão do universo e sobre a nossa pequenez, e quem não ficaria?!
E para quem ainda não sabe quem foi Carl Sagan, ele é considerado o maior divulgador científico do século XX, e suas explicações simples onde revelava as descobertas da ciência encantavam dos mais leigos aos mais especialistas. Suas pesquisas sobre o sistema solar e a sua busca pela vida e inteligência extraterrestre, fizeram dele o astrônomo mais famoso do mundo. Seus numerosos livros e sua série Cosmos, inspiraram um punhado enorme de pessoas a divulgar, ensinar, estudar e fazer ciência.
Desde então, no decorrer dos anos, eu fui me aprofundando sobre este assunto tão vasto e maravilhoso, sempre buscando mais informações para continuar complementando o meu pensamento, e com a ajuda destes pensamentos, é que eu estou me tornando uma pessoa que ama todas as diferenças deste pálido ponto azul e além.
Venha se apaixonar pelo desconhecido! s2
0 Comentários