Cometa
é um corpo menor do sistema solar que quando se aproxima do Sol
passa a exibir uma atmosfera difusa, denominada coma, e em alguns
casos apresenta também uma cauda, ambas causadas pelos efeitos da
radiação solar e dos ventos solares sobre o núcleo do cometa. Os
núcleos cometários são compostos de gelo, poeira e pequenos
fragmentos rochosos, variando em tamanho de algumas centenas de
metros até dezenas de quilômetros.
Órbitas e Origens:
Os cometas possuem uma grande variedade de períodos orbitais diferentes, variando de poucos anos a centenas de milhares de anos, e acredita-se que alguns só passaram uma única vez no sistema solar interior antes de serem arremessados no espaço interestelar. Acredita-se que os cometas de período curto tenham sua origem no cinturão de kuiper,que fica além da órbita de Netuno. Já os cometas de longo período, acredita-se que se originam na nuvem de Oort, consistindo de restos da condensação da nebulosa solar quando o Sol foi criado, bem além do Cinturão de Kuiper.
Os
cometas são distintos dos asteroides pela presença de uma coma ou
cauda, apesar de cometas muito antigos que perderam todo material
volátil podem se assemelhar a asteroides. Acredita-se que uns
asteroides tenham uma origem diferente dos cometas, tendo se formado
no Sistema Solar interior em vez do Sistema Solar exterior, mas
algumas descobertas recentes tornaram um pouco mais nebulosa a
distinção entre asteroides e cometas.
Até
maio de 2005 foram registrados 3.648 cometas conhecidos dos quais
1.500 são cometas rasantes Kreutz e cerca de 400 são de período
curto. Este número está aumentando. Entretanto, ele representa
apenas uma pequena fração da população total potencial de
cometas: o número de corpos semelhantes a cometas no sistema solar
exterior pode chegar a um trilhão. O número de cometas visíveis a
olho nu é, em média, de um cometa por ano, e a maioria deles é
discreto e nada espetacular. Quando um cometa historicamente
brilhante ou notável é visto a olho nu por muitas pessoas, ele pode
ser chamado de Grande Cometa.
Características físicas:
Núcleo
O
núcleo dos cometas varia em dimensões de 100 metros para mais de 40
quilômetros. Eles são compostos de rochas, poeira, gelo, e gases
congelados como monóxido de carbono, dióxido de carbono, metano, e
amônia.
Os
cometas são descritos popularmente como "bolas de gelo sujo",
apesar de que recentes observações revelaram superfícies secas
poeirentas ou rochosas, sugerindo que os gelos estão ocultos abaixo
da crosta. Os cometas também contém uma variedade de compostos
orgânicos; além dos gases já mencionados, estão também presentes
o metanol, cianeto de hidrogênio, formaldeído, etanol. Devido a sua
massa pequena, os cometas não conseguem se tornar esféricos sob sua
própria gravidade, e por isto tem formas irregulares.
Surpreendentemente,
os núcleos cometários estão entre os objetos mais escuros
existentes no sistema solar. A Sonda Giotto descobriu que o núcleo
do Cometa Halley reflete aproximadamente 4% da luz que incide
sobre ele, e a Deep Space 1 descobriu que a superfície do Cometa
Borrelly reflete entre 2,4 e 3% da luz incidente sobre ele. Por
comparação, o asfalto reflete 7% da luz incidente.
Acredita-se que
os compostos orgânicos complexos sejam o material superficial
escuro. O aquecimento solar retira os componentes voláteis, deixando
atrás compostos orgânicos de cadeia longa pesados que tendem a ser
bastante escuros, como piche e óleo cru. É a cor escura da
superfície cometária que permite que eles absorvam o calor
necessário para causar a saída dos gases.
Coma e cauda
No
sistema solar exterior, os cometas permanecem congelados e são
extremamente difíceis ou impossíveis de detectar a partir da Terra
devido a seu tamanho minúsculo. Detecções estatísticas de núcleos
de cometas inativos no Cinturão de Kuiper tem sido relatadas a
partir das observações do Telescópio Espacial Hubble, mas, estas
detecções tem sido questionadas, e ainda não foram confirmadas de
forma independente.
Conforme um cometa se aproxima do sistema solar
interior, a radiação solar faz com que os materiais voláteis
dentro do cometa vaporizem e sejam ejetadas do núcleo, carregando
poeira junto com ela. Os fluxos de poeira e gás liberados formam uma
enorme e extremamente tênue atmosfera em torno do cometa, chamada de
coma, e a força exercida na coma pela pressão de radiação do Sol,
e o vento solar, fazem com que uma enorme cauda se forme, que sempre
aponta para longe do Sol.
Tanto a coma quanto a cauda são iluminadas pelo Sol e podem se tornar visíveis da Terra quando um cometa passa pelo sistema solar interior, a poeira refletindo a luz do sol diretamente e os gases brilhando a partir da ionização. Muitos cometas são muito fracos para serem vistos sem a ajuda de um telescópio, mas alguns poucos a cada década se tornam visíveis o suficiente para serem vistos a olho nu.
Ocasionalmente um cometa pode experimentar um súbito e imenso jato de gás e poeira, durante o qual o tamanho da coma temporariamente aumenta em tamanho. Isto aconteceu em 2007 ao cometa Holmes.
Tanto a coma quanto a cauda são iluminadas pelo Sol e podem se tornar visíveis da Terra quando um cometa passa pelo sistema solar interior, a poeira refletindo a luz do sol diretamente e os gases brilhando a partir da ionização. Muitos cometas são muito fracos para serem vistos sem a ajuda de um telescópio, mas alguns poucos a cada década se tornam visíveis o suficiente para serem vistos a olho nu.
Ocasionalmente um cometa pode experimentar um súbito e imenso jato de gás e poeira, durante o qual o tamanho da coma temporariamente aumenta em tamanho. Isto aconteceu em 2007 ao cometa Holmes.
Cometa
Holmes
|
Os
fluxos de poeira e gás cada um forma sua própria cauda distinta,
apontando em direções um pouco diferentes. A cauda de poeira é
deixada atrás na órbita do cometa de forma de uma curva inclinada
geralmente chamada de anticauda. Ao mesmo tempo, a cauda de íons,
feita de gases, sempre aponta diretamente além do Sol, já que este
gás é afetado muito mais pelo vento solar que a poeira, seguindo
linhas de campo magnético em vez de uma trajetória orbital. A
paralaxe das visualizações da Terra podem fazer com que às vezes
as caudas apontem para direções diferentes.
Apesar
do núcleo sólido dos cometas geralmente ter menos de 50
quilômetros, a coma pode ser maior que o Sol, e as caudas iônicas
já foram vistas estendendo-se por uma unidade astronômica (150
milhões de quilômetros) ou mais. A observação das anticaudas
contribuiu imensamente para a descoberta do vento solar.
A cauda
iônica é formada como resultado do efeito fotoelétrico da radiação
ultravioleta solar, agindo sobre as partículas da coma. Uma vez que
as partículas estejam ionizadas, elas ficam com carga elétrica
negativa que por sua vez dá origem a uma "magnetosfera
induzida" em torno do cometa. O cometa e seu campo magnético
induzido formam um obstáculo ao fluxo das partículas de vento
solar. Como a velocidade orbital relativa do cometa e do vento solar
é supersônica, uma onda de choque é formada à frente do cometa,
na direção do fluxo do vento solar.
Nesta onda de choque, grandes
concentrações de íons cometários se juntam e contribuem para
"carregar" o campo magnético solar com plasma, de tal
forma que as linhas de campo "dobram" em torno do cometa
formando a cauda iônica.
Cometa
Encke perde sua cauda
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Se
a carga da cauda iônica é suficiente, então as linhas de campo
magnético são pressionadas juntos ao ponto de, a certas distâncias
ao longo da cauda iônica, aconteça a reconexão magnética. Isto
leva a um "evento de desconexão de cauda". Este fenômeno
foi observado em várias ocasiões, mais notavelmente em 20 de abril
de 2007, quando a cauda iônica do cometa Encke foi completamente
separada quando o cometa passou por uma ejeção de massa coronal.
Este evento foi observado pela sonda STEREO.
Em
1996 descobriu-se que os cometas emitem raio X Esta descoberta
surpreendeu os pesquisadores, por que a emissão de raio X é
normalmente associada a corpos com altas temperaturas. Acredita-se
que os raios X sejam gerados pela interação entre os cometas e o
vento solar: quando íons muito carregados atravessam a atmosfera
cometária, eles colidem com átomos e moléculas do cometa,
"arrancando" um ou mais elétrons do cometa.
A retirada dos
elétrons leva a emissão de raios X e fótons de ultravioleta.
3 Comentários
poderia ter complementado mais
ResponderExcluirsim é verdade
ExcluirIrei complementar mais,vai ficar show de bola
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