A
nuvem de Oort é uma nuvem esférica de cometas que
possivelmente se localiza a cerca de 50 000 UA, ou quase um ano-luz,
do Sol. Isso faz com que ela fique a aproximadamente um quarto da
distância a Proxima Centauri, a estrela mais próxima da Terra além
do Sol. O cinturão de Kuiper e o disco disperso, as outras duas
regiões do Sistema Solar que contêm objetos transnetunianos, se
localizam a menos de um centésimo da distância estimada da nuvem de
Oort. A parte externa da nuvem de Oort define o limite gravitacional
do Sistema Solar.
Acredita-se
que a nuvem de Oort compreende duas regiões distintas: uma parte
externa esférica e uma parte interna em forma de disco, ou nuvem de
Hills. Os objetos da nuvem de Oort são compostos principalmente por
gelo, amônia e metano e foram formados perto do Sol, nos primeiros
estágios de formação do Sistema Solar. Então, chegaram às suas
posições atuais na nuvem de Oort devido a efeitos gravitacionais
causados pelos planetas gigantes.
Embora
não tenha sido feita nenhuma observação direta à nuvem de Oort,
astrônomos acreditam que ela é a fonte de todos os cometas de longo
período e de tipo Halley, e também de muitos centauros e cometas de
Júpiter. A parte externa da nuvem de Oort é muito pouco
influenciada pela gravidade do Sol, e isso faz com que outras
estrelas, incluse a própria Via Láctea, possam interferir na órbita
de seus objetos e mandá-los para o Sistema Solar interior.
De todos
os cometas de curto período do Sistema Solar, muitos podem vir do
disco disperso, mas alguns podem ter se originado na nuvem de Oort.
Apesar de que o cinturão de Kuiper e o disco disperso tenham sido
estudados e observados, apenas quatro objetos transnetunianos
conhecidos—90377 Sedna, 2000 CR105, 2006 SQ372 e 2008 KV42—são
considerados possíveis membros da nuvem de Oort interna.
Em
Outras
Palavras:
Muito
além da órbita de Plutão, a meio caminho da estrela mais próxima
está o limite do Sistema Solar. Essa região, que se estende por
cerca de três anos-luz, ou seja, a 30 trilhões de quilômetros do
Sol, contém seis trilhões de pedras de gelo de diversas dimensões,
recebendo o nome de nuvem de Oort, em homenagem ao astrônomo
holandês Jan Hendrik Oort.
Ele
verificou que os cometas de longo período vinham de uma região
situada de 20.000 a 100.000 UA do Sol e previu que o Sistema Solar
era cercado por uma nuvem composta de bilhões de cometas. Até hoje
ninguém viu a nuvem de Oort, essa gigantesca região esférica que
abriga cometas e outros resíduos da nebulosa que deu origem ao
Sistema Solar.
Ninguém
mediu seu tamanho, sua densidade ou contou o número de objetos que
lá existam. Isso provavelmente não será feito num futuro próximo
pois os corpos se situam a distâncias muito grandes e são muito
pequenos para serem detectados pelos instrumentos existentes. Mas os
cientistas têm certeza que ela existe. Ela é totalmente diferente
das outras regiões do sistema planetário que contém restos da
nebulosa que deu origem ao Sistema Solar. Enquanto os corpos do anel
de asteroides, situado entre Marte e Júpiter, e do cinturão de
Kuiper, situado logo após a órbita de Netuno, estão confinados às
proximidades do plano da eclíptica, os da nuvem de Oort estão
espalhados em todas as direções. É bem provável que exista maior
aglomeração (5 trilhões) nas proximidades do plano da eclíptica e
o restante (1 trilhão) espalhados aleatoriamente.
Os
cientistas estimam que a massa total de objetos na nuvem de Oort deva
ser da ordem de 40 massas terrestres. Para explicar a variada
composição química dos cometas os cientistas dizem que essa
matéria deve ter se formado a diferentes distâncias do Sol e
portanto em locais com diferentes temperaturas. A temperatura na
nuvem de Oort deve ser de -269°C, ou seja, 4°C acima do zero
absoluto.
Nas
profundezas dessa nuvem a ação gravitacional do Sol é tão fraca
que os corpos estão sujeitos à perturbações devidas a estrelas
que passem nas proximidades do Sol, a marés galáticas ou pela
passagem do Sol por nuvens intergalácticas, e com isso se
precipitarem na direção do Sol.
Os
cientistas ainda buscam resposta para algumas questões: por que tudo
no Sistema Solar tem forma de disco e a nuvem de Oort é esférica?
Se a ação gravitacional do Sol é inexistente a essas distâncias,
por que os cometas caem na direção do Sol? A cada poucos milhões
de anos uma estrela passa próxima do Sol; dentro de 1,36 milhões de
anos a estrela Gliese 710 passará a um ano-luz do Sol.
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