
“Estas novas imagens mostram-nos que as diferentes faces de Plutão são distintas; provavelmente insinuando o que poderá ser uma superfície com uma geologia muito complexa ou variações na composição da superfície de região para região”, disse o investigador principal da missão New Horizons Alan Stern. “Estas imagens continuam também a suportar a hipótese de que Plutão tem uma calota polar cuja extensão varia de acordo com a longitude. Iremos ser capazes de realizar uma determinação definitiva da quantidade de gelo nesta região polar brilhante quando em julho tivermos dados espectroscópicos que revelem a sua composição.”
Faltam menos de 2 meses para o encontro da New Horizons com o sistema plutoniano, pelo que a resolução das imagens irá melhorar significativamente nas próximas semanas. “No final de junho, as imagens terão uma resolução 4 vezes superior à das imagens de 8 a 12 de maio, e na altura da maior aproximação, esperamos obter imagens com mais de 5000 vezes a atual resolução”, acrescentou Hal Weaver, um dos cientistas do projeto.
As novas imagens foram processadas recorrendo a uma técnica matemática designada deconvolução. Esta técnica diminui o efeito das distorções óticas criadas pelas lentes e detector CCD da LORRI, permitindo assim que se extraia o máximo de informação possível até ao limite de resolução imposto pelo sistema ótico. A deconvolução pode, no entanto, produzir ocasionalmente “falsos detalhes”, pelo que os detalhes mais finos nestas novas imagens necessitarão de ser confirmados através das observações agendadas para as próximas semanas.
Fonte: AstroPT
0 Comentários