Há
mais de 60 anos, mais especificamente em 3 de Novembro de 1957 um ser
vivo deixou, pela primeira vez, o planeta Terra rumo ao espaço: a
cachorrinha Laika, lançada no satélite russo Sputnik 2, em 3 de
novembro de 1957.
A
pioneira de quatro patas não retornou e tornou-se a primeira vítima
das aventuras espaciais.
Com
a corrida espacial ainda começando, o líder da União Soviética,
Nikita Khrushchev, exigiu do engenheiro responsável pelo programa
espacial, Sergey Korolev, algo "espetacular" para o 40º
aniversário da revolução comunista.
Korolev
propôs, então, enviar um cachorro ao espaço. Como, àquela altura,
eles não tinham tecnologia suficiente para garantir o retorno do
satélite, o animal estaria sendo enviado para a morte.
Laika,
zanzava pelas ruas de Moscou quando foi recrutada.
O
pesquisador Alexander Nikonov disse que o Khrushchev concordou com a
ideia, porque ele nunca teve um cachorro na vida. Durante muitos
anos, o governo soviético divulgou a notícia de que Laika teria
morrido, sem dor, após uma semana em órbita.
Mas,
hoje já se sabe que o cão morreu seis horas após o lançamento, da
combinação de problemas respiratórios e uma parada cardíaca após
o superaquecimento da cabine.
Os
sensores implantados em Laika mostraram que, durante o lançamento, o
ritmo do batimento cardíaco da cadelinha aumentou muito, ficando
três vezes acima do batimento em estado de repouso.
Sensores
de temperatura mostraram que a umidade e temperatura da cápsula onde
o cachorro estava aumentaram pouco após o início da missão. A
temperatura chegou a ultrapassar 40 graus.
Seis
horas depois da decolagem, os sensores registraram a parada cardíaca
de Laika. Estava claro que a cadelinha havia morrido em decorrência
do superaquecimento da cabine e do stress.
O
satélite com o corpo de Laika fez 2.370 voltas em órbita e pegou
fogo ao entrar na atmosfera em 14 de abril de 1958.
1 Comentários
Como é que não calcularam que iria superaquecer antes de fazer uma coisa dessas?
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