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Filamento de gás que está saindo do buraco negro na Via Láctea, pode provar uma teoria da década de 1970


A imagem espetacular mostra um filamento misterioso de 2,3 anos-luz de comprimento aparentemente saindo do buraco negro supermassivo Sagittarius A*, no centro da nossa galáxia.

E dentre várias possibilidades, pode provar uma teoria proposta na década de 1970.

O filamento foi descoberto em 2012, mas a nova imagem revela que a longa linha parece ser bastante próxima do coração da nossa galáxia.

Embora encontrar fluxos de gás ou linhas de partículas brilhantes que se estendem por regiões do espaço não seja incomum, as origens destes filamentos de rádio não térmicos (NRF, na sigla em inglês) são geralmente um mistério. 

O que torna este filamento particularmente incomum é que parece estar partindo do horizonte de eventos de Sagittarius A*, o buraco negro gigantesco, quatro milhões de vezes mais pesado que o nosso sol, que mora no meio da nossa galáxia. 

A hipótese preferida dos pesquisadores é de que o fio é feito de partículas sendo descartadas de Sagittarius.

Redemoinhos de partículas sendo puxadas para o buraco negro podem criar um campo magnético forte, que por sua vez age como um acelerador de partículas. Partículas carregadas canalizadas a uma velocidade absurda poderiam explicar um fluxo fino e incandescente ligado à Sagittarius.

Por fim, existe uma outra possibilidade, menos provável, porém ainda mais emocionante: de que este filamento é na verdade um objeto hipotético conhecido como “corda cósmica”.


Cordas cósmicas


As cordas cósmicas foram teorizadas pela primeira vez pelo físico Tom Kibble na década de 1970. Elas são “falhas topológicas” unidimensionais maciças que se formam entre diferentes partes do vácuo à medida que o espaço se expande.

Em outras palavras, são como fendas no espaço que se formaram quando nosso universo ainda jovem estava se expandindo (como um tecido que rasga ao se esticar muito).

Dado que essas “cordas” devem ser absolutamente imensas, se de fato existem, o meio de uma galáxia seria um bom lugar para procurar por elas.
 

No caminho certo

Seja o que for, descobrir a natureza desse filamento estranho será um avanço para a astronomia.

Se forem partículas sendo atiradas de Sagittarius, isso nos ensinaria mais sobre campos magnéticos nesta zona altamente caótica do universo.

Já detectar uma corda cósmica seria uma descoberta pioneira que nos diria muito sobre a própria natureza do universo e suas origens.

“Vamos continuar procurando até que tenhamos uma explicação sólida para esse objeto. E pretendemos produzir imagens ainda melhores e mais reveladoras”, disse Miller Goss, integrante do National Radio Astronomy Observatory, observatório que abriga o Karl G. Jansky Very Large Array.

Um artigo sobre essa pesquisa foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters

Fonte: HypeScience/ScienceAlert

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