O ano que passou foi incrível para a ciência, e a Tsu Universo reuniu o que de melhor aconteceu no cosmos para mostrar a você. Aproveite!
A chegada da lua cheia, na sexta-feira do dia 10 de Fevereiro, foi marcada por um fenômeno conhecido como eclipse penumbral.
Ele pôde ser visto em todo o Brasil e em países da Ásia, Europa, África, do Oriente Médio e das Américas do Sul e do Norte.
O eclipse penumbral é um fenômeno astronômico que ocorre quando a lua entra na região da penumbra da Terra e resulta em uma variação do brilho da lua que dificilmente é notada.
A sombra projetada pela Terra tem duas partes denominadas umbra e penumbra. A umbra é uma região em que não há iluminação direta do Sol e a penumbra é uma região em que apenas parte da iluminação é bloqueada.
O SISTEMA PLANETÁRIO TRAPPIST-1 foi descoberto pelo método do trânsito estelar em 22 de fevereiro, quando temos a sorte de ver um planeta passando (transitando) diante de sua estrela, sendo visto como um ponto negro cobrindo uma pequenina porção do astro luminoso.
TRAPPIST-1 é uma estrela com apenas 500 milhões de anos de idade e um pouco maior do que o planeta Júpiter.
São sete planetas orbitando a estrela anã vermelha. E o sistema foi nomeado homenageando o telescópio TRAPPIST.
Esses mundos rochosos se amontoam em torno de sua estrela pequena, fraca e vermelha, como uma família em torno de uma fogueira.
Qualquer um deles poderiam abrigar água líquida, mas 3 planetas são mais promissores por estarem na zona habitável, a área ao redor da estrela, onde a água líquida é mais provável de ser detectada.
Os planetas que orbitam esta estrela anã vermelha estão situados a 40 anos-luz da Terra.
Este foi o ano dos Eclipses Solares aqui no Brasil.
O primeiro ocorreu no dia 26 de Fevereiro, porém, o dia nublado frustrou quem esperava observar o eclipse na região centro-sul do País entre 10h e 12h30, no horário de Brasília.
O eclipse solar anular, conhecido como "anel de fogo" pôde ser visto em lugares como Chile, Argentina, passando por áreas do Oceano Atlântico e Pacífico.
No segundo eclipse, em 21 de Agosto, os contemplados foram as regiões Norte e Nordeste do País.
Porém, a totalidade do eclipse pôde ser vista apenas nos EUA, mas além do Brasil, o eclipse solar deste dia, também foi visto parcialmente em toda a América do Norte, América Central e norte da América do Sul.
Na imagem mostrada, quem tirou a fotografia foi a Gabriela Haas, em Porto alegre ás 11h11.
No dia 7 de Agosto, houve um eclipse lunar parcial, onde é aquele em que a Lua não fica apenas encoberta pela penumbra da Terra, mas uma parte de seu disco também fica escondido pela sombra umbral.
Porém, para nós daqui do Brasil praticamente não foi visível, os últimos minutos do eclipse lunar parcial deste dia pôde ser visto de forma penumbral no extremo leste do Brasil, como é o caso de Pernambuco, onde a Lua ainda estava muito próxima do horizonte durante os últimos minutos de eclipse.
Esse eclipse lunar pôde ser visto em sua totalidade desde o leste da África até a Austrália.
Na manhã do dia 15 de Setembro, a espaçonave Cassini, da NASA, mergulhou na atmosfera de Saturno, com um breve brilho de sua vaporização marcando o fim de uma missão de 20 anos desde o seu lançamento em 1997.
Na sua chegada em 2004 no planeta Saturno, a sonda Cassini teve um objetivo espetacular. A sonda europeia Huygens entrou na atmosfera e pousou na superfície do maior satélite de Saturno, Titã, transmitindo imagens e dados para a Terra, na primeira vez em que um objeto construído pelo ser humano pousou num corpo celeste do Sistema Solar exterior.
Os principais objetivos da Cassini eram:
➽ Determinar a estrutura tridimensional e comportamento dinâmico dos anéis;
➽ Determinar a composição das superfícies e a história geológica dos satélites;
➽ Determinar a natureza e origem do material escuro do hemisfério dianteiro de Jápeto;
➽ Medir a estrutura tridimensional e comportamento dinâmico da magnetosfera;
➽ Estudar o comportamento dinâmico das nuvens de Saturno;
➽ Estudar a vulnerabilidade temporal das nuvens e a meteorologia de Titã;
➽ Caracterizar a superfície de Titã a uma escala regional.
Mas antes disto, foram necessárias pessoas para tornar este pedaço de alumínio e silício em uma extensão de nossa curiosidade.
Em Outubro, foi anunciado a maior descoberta do ano, que contou com mais de 3 mil astrônomos, incluindo 60 do Brasil, onde conseguiram observar pela primeira vez em luz visível uma fonte dessas oscilações do espaço-tempo previstas por Albert Einstein (1879-1955) há um século.
A contribuição para a detecção de ondas gravitacionais rendeu aos físicos norte-americanos Rainer Weiss, Barry Barish e Kip S. Thorne o prêmio Nobel de Física deste ano.
O evento gerou ondas gravitacionais registradas pelo Observatório Interferométrico de Ondas Gravitacionais (LIGO, em inglês), nos Estados Unidos, e Virgo, na Itália, em agosto deste ano. É a primeira vez que se detecta luz associada a um evento de onda gravitacional.
As quatro detecções de ondas gravitacionais anteriores foram feitas a partir de colisões e fusões de buracos negros, que não emitem radiação eletromagnética.
O evento teria ocorrido em um ponto da galáxia chamada NGC 4993, localizada na constelação austral de Hidra, a 130 milhões de anos-luz da Terra. A emissão de ondas gravitacionais pelas estrelas de nêutrons em fusão, chamados de Kilonova, ocorreu cerca 2 segundos antes da observação de um jato de raios gama detectado pelo telescópio espacial Fermi, da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
A contribuição para a detecção de ondas gravitacionais rendeu aos físicos norte-americanos Rainer Weiss, Barry Barish e Kip S. Thorne o prêmio Nobel de Física deste ano.
O evento gerou ondas gravitacionais registradas pelo Observatório Interferométrico de Ondas Gravitacionais (LIGO, em inglês), nos Estados Unidos, e Virgo, na Itália, em agosto deste ano. É a primeira vez que se detecta luz associada a um evento de onda gravitacional.
As quatro detecções de ondas gravitacionais anteriores foram feitas a partir de colisões e fusões de buracos negros, que não emitem radiação eletromagnética.
O evento teria ocorrido em um ponto da galáxia chamada NGC 4993, localizada na constelação austral de Hidra, a 130 milhões de anos-luz da Terra. A emissão de ondas gravitacionais pelas estrelas de nêutrons em fusão, chamados de Kilonova, ocorreu cerca 2 segundos antes da observação de um jato de raios gama detectado pelo telescópio espacial Fermi, da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
A recente detecção das ondas gravitacionais e eletromagnéticas geradas a partir de uma fusão de estrelas de nêutron a 130 milhões de anos luz alarga - e muito - o horizonte da investigação sobre a origem e o funcionamento do universo. Mas ela foi capaz também de revelar aos cientistas a resposta para outro mistério: como são produzidos os metais pesados, como chumbo, ouro e platina?
Quando se fundem as estrelas de Nêutrons, dão origem a uma kilonova, fenômeno cujo brilho é mil vezes mais intenso que uma supernova.
Quando se colidem e se fundem, geram energia tão grande que dão origem a dois fenômenos: as rajadas curtas de raios gama e a de elementos pesados, que só podem ser sintetizados nessas condições extremas das kilonovas.
Os cientistas já haviam previsto que era, de fato, a fusão de duas estrelas de nêutrons o ponto de ignição para que ocorressem reações químicas nucleares a ponto de formar núcleos atômicos pesados, como no caso destes elementos. Mas até então não se sabia exatamente como e quanto de metais tal fenômenos geraria. E o que os cientistas viram surpreendeu.
Notaram que a fusão de estrelas de nêutrons é quase uma mina cósmica. No evento observado, o volume de elementos pesados, como ouro e platina, foi maior do que se imaginava: cerca de 10 massas terrestres.
E que todo o Ouro que vemos na Terra, foi gerado em uma fusão de estrelas de nêutron de pelo menos 5 bilhões de anos atrás.
Quando se fundem as estrelas de Nêutrons, dão origem a uma kilonova, fenômeno cujo brilho é mil vezes mais intenso que uma supernova.
Quando se colidem e se fundem, geram energia tão grande que dão origem a dois fenômenos: as rajadas curtas de raios gama e a de elementos pesados, que só podem ser sintetizados nessas condições extremas das kilonovas.
Os cientistas já haviam previsto que era, de fato, a fusão de duas estrelas de nêutrons o ponto de ignição para que ocorressem reações químicas nucleares a ponto de formar núcleos atômicos pesados, como no caso destes elementos. Mas até então não se sabia exatamente como e quanto de metais tal fenômenos geraria. E o que os cientistas viram surpreendeu.
Notaram que a fusão de estrelas de nêutrons é quase uma mina cósmica. No evento observado, o volume de elementos pesados, como ouro e platina, foi maior do que se imaginava: cerca de 10 massas terrestres.
E que todo o Ouro que vemos na Terra, foi gerado em uma fusão de estrelas de nêutron de pelo menos 5 bilhões de anos atrás.
Foi em Outubro esta descoberta do asteroide, Oumuamua, com 400 metros de comprimento, que tem a aparência alongada de um charuto – e sua cor avermelhada é sinal de que ele carrega moléculas orgânicas.
Esses são asteroides errantes, que se formaram no entorno de outras estrelas, que estão passando nas redondezas do Sol neste exato momento.
Esses asteroides não vieram para ficar: são mochileiros galácticos, e viajam em velocidades tão altas que não podem ser retidos pelo campo gravitacional do Sol. Após atravessar a esfera de influência da nossa estrela, eles penetram de novo no espaço interestelar, e seguem viagem até alcançar o próxima sistema.
Por ano, cerca de mil objetos “turistas” entram no nosso perímetro.
O problema é que, até a detecção inédita de 1I/2017 U1, nenhum desses objetos havia sido observado diretamente pelos telescópios terráqueos.
Esses são asteroides errantes, que se formaram no entorno de outras estrelas, que estão passando nas redondezas do Sol neste exato momento.
Esses asteroides não vieram para ficar: são mochileiros galácticos, e viajam em velocidades tão altas que não podem ser retidos pelo campo gravitacional do Sol. Após atravessar a esfera de influência da nossa estrela, eles penetram de novo no espaço interestelar, e seguem viagem até alcançar o próxima sistema.
Por ano, cerca de mil objetos “turistas” entram no nosso perímetro.
O problema é que, até a detecção inédita de 1I/2017 U1, nenhum desses objetos havia sido observado diretamente pelos telescópios terráqueos.
No começo de Novembro, uma equipe de astrônomos, liderada por Guillem Anglada, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, Espanha, estudou Proxima Centauri usando o observatório ALMA, no Chile.
Eles focaram Proxima Centauri por mais de 20 horas seguidas, a fim de captar o máximo de luz e consequentemente, a maior quantidade de informações possível... O que foi visto? Um gigantesco anel de poeira ao redor da estrela, além de outros possíveis anéis adicionais. Mas algo ainda mais interessante chamou a atenção dos astrônomos: O planeta Proxima b pode não estar sozinho.
O anel de poeira de Proxima Centauri está longe, entre 1 e 4 UA (1 Unidade Astronômica = 150 milhões de KM).
O anel de Proxima Centauri também possui uma composição semelhante, assim como temperatura média equivalente ao cinturão de Kuiper.
E além dessas informações todas, também foi detectada uma assimetria no anel de poeira de Proxima Centauri, com uma distância média de 1.6 UA, o que sugere a presença de um planeta.
Mas isso tudo é apenas o começo. "Estes primeiros resultados mostram que o observatório ALMA pode detectar estruturas de poeiras em torno de Proxima Centauri", diz o co-autor Pedro Amado, do Instituo de Astrofísica de Andaluzia, na Espanha.
"Outras observações nos darão uma imagem mais detalhada do sistema planetário de Proxima".
Provavelmente, nosso vizinho estelar nos presenteará com novidades nos próximos anos!
Eles focaram Proxima Centauri por mais de 20 horas seguidas, a fim de captar o máximo de luz e consequentemente, a maior quantidade de informações possível... O que foi visto? Um gigantesco anel de poeira ao redor da estrela, além de outros possíveis anéis adicionais. Mas algo ainda mais interessante chamou a atenção dos astrônomos: O planeta Proxima b pode não estar sozinho.
O anel de poeira de Proxima Centauri está longe, entre 1 e 4 UA (1 Unidade Astronômica = 150 milhões de KM).
O anel de Proxima Centauri também possui uma composição semelhante, assim como temperatura média equivalente ao cinturão de Kuiper.
E além dessas informações todas, também foi detectada uma assimetria no anel de poeira de Proxima Centauri, com uma distância média de 1.6 UA, o que sugere a presença de um planeta.
Mas isso tudo é apenas o começo. "Estes primeiros resultados mostram que o observatório ALMA pode detectar estruturas de poeiras em torno de Proxima Centauri", diz o co-autor Pedro Amado, do Instituo de Astrofísica de Andaluzia, na Espanha.
"Outras observações nos darão uma imagem mais detalhada do sistema planetário de Proxima".
Provavelmente, nosso vizinho estelar nos presenteará com novidades nos próximos anos!
A uma distância de 11 anos-luz, Ross 128 é a 12º estrela mais próxima do Sol, como Proxima Centauri, é uma estrela de classe M, com cerca de 16% em massa do Sol.
Xavier Bonfils (Universidade de Grenoble-Alpes, França) e colegas, mediram os movimentos da estrela, usando o espectrógrafo HighAccuracy Radial velocity Planet Searcher no La Silla Observatory no Observatório Europeu do Sul, no Chile, mostrando que Ross 128 abriga um planeta. A descoberta foi apresentada ao mundo em Novembro.
O mundo potencialmente rochoso orbita a sua estrela a cada 9,9 dias, com uma massa de pelo menos 1,3 vezes a da Terra, tornando-o o planeta do tamanho da Terra mais próximo dentro da zona habitável de sua estrela.
Ross 128b está 20 vezes mais próximo de sua estrela do que a Terra está do Sol, mas recebe apenas 50% mais luz do que a Terra. Como Ross 128 é pequena em comparação ao Sol, sua luz seria muito mais vermelha do que a luz solar.
Nos anos a seguir, será alvo de estudos atmosféricos, que são mais eficientes em torno de sistemas próximos.
Irão saber também a composição atmosférica, especificamente sinais de oxigênio, metano e água, que pode ser apenas a arma fumegante que responde a essa grande pergunta: “Estamos sozinhos?”
Xavier Bonfils (Universidade de Grenoble-Alpes, França) e colegas, mediram os movimentos da estrela, usando o espectrógrafo HighAccuracy Radial velocity Planet Searcher no La Silla Observatory no Observatório Europeu do Sul, no Chile, mostrando que Ross 128 abriga um planeta. A descoberta foi apresentada ao mundo em Novembro.
O mundo potencialmente rochoso orbita a sua estrela a cada 9,9 dias, com uma massa de pelo menos 1,3 vezes a da Terra, tornando-o o planeta do tamanho da Terra mais próximo dentro da zona habitável de sua estrela.
Ross 128b está 20 vezes mais próximo de sua estrela do que a Terra está do Sol, mas recebe apenas 50% mais luz do que a Terra. Como Ross 128 é pequena em comparação ao Sol, sua luz seria muito mais vermelha do que a luz solar.
Nos anos a seguir, será alvo de estudos atmosféricos, que são mais eficientes em torno de sistemas próximos.
Irão saber também a composição atmosférica, especificamente sinais de oxigênio, metano e água, que pode ser apenas a arma fumegante que responde a essa grande pergunta: “Estamos sozinhos?”
Em 3 de Dezembro, o céu ficou iluminado pela única superlua do ano, momento em que o astro apareceu no céu até 14% maior e 30% mais brilhante do que o normal.
A distância média do corpo celeste para nosso planeta é de 384.402 km. Em 1948, a Lua e a Terra alcançaram uma distância de 356.462 km, a menor já registrada pelos astrônomos. No ano passado, a distância chegou a 356.511 km, a mais próxima dos últimos 69 anos. A próxima está prevista já para o 1° dia de janeiro de 2018.
A distância média do corpo celeste para nosso planeta é de 384.402 km. Em 1948, a Lua e a Terra alcançaram uma distância de 356.462 km, a menor já registrada pelos astrônomos. No ano passado, a distância chegou a 356.511 km, a mais próxima dos últimos 69 anos. A próxima está prevista já para o 1° dia de janeiro de 2018.
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