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Imagem
do pulsar vela, que está a aproximadamente 1000 anos-luz da Terra. (Créditos: NASA / Observatório de Raio-X Chandra)
Quando
alguns tipos especiais de estrelas explodem, deixam em seu lugar um
núcleo muito denso e altamente energético que gira muito
rapidamente sobre o próprio eixo. A cada volta, espalham no Universo
poderosos feixes eletromagnéticos que são registrados aqui na Terra
como uma verdadeira percussão estelar.
Conhecidos
como pulsares, esses objetos são criados quando estrelas com massa
superior a oito vezes a do Sol esgotam sua energia nuclear e
explodem. Esse evento é chamado de supernova, uma explosão tão
brilhante que mesmo ocorrendo a centenas de anos-luz de distância
pode ser vista da Terra até mesmo durante o dia.
Ao
mesmo tempo em que as camadas externas da estrela são lançadas ao
espaço, o núcleo da estrela continua desmoronando já que fusão
nuclear que mantinha o equilíbrio de forças não existe mais. A
gravidade criada durante esse colapso é tão intensa que os prótons
e elétrons se comprimem formando nêutrons e o outrora gigantesco
núcleo é reduzido a menos de 10 quilômetros de diâmetro.
Para
que o leitor possa ter uma ideia da densidade desse núcleo,
uma simples caixa de sapato em tamanho desse material pode pesar mais do que todo o
Sistema Solar inteiro.
O
pulsar Vela é um remanescente de uma supernova que ocorreu a
aproximadamente 10000 anos atrás.
Durante
o colapso, o movimento da matéria em direção ao centro faz o
objeto girar e quanto mais matéria, mais rápida é a rotação.
Esse processo faz os prótons e elétrons ligados à superfície
serem arremessados para fora, fluindo através das linhas do campo
magnético em direção aos polos norte e sul.
Com
o desalinhamento entre o eixo magnético e o de rotação, a estrela
de nêutrons emite uma enorme quantidade de radiação pelos polos,
que é lançada em diversas direções no Universo. Assim nasce um
pulsar.
Ouvindo
Pulsares:
Como
explicado, um pulsar gira rapidamente. Um típico objeto desse tipo,
PSR B0329+54, revoluciona a 1.4 rotações por segundo. Já o pulsar
Vela, PSR B0833-45, completa 11 voltas em apenas 1 segundo.
Da
mesma forma que um farol de navegação, durante a rotação o feixe
eletromagnético de um pulsar também atinge a Terra e pode ser
detectado por radiotelescópios, onde cada rotação é registrada
como um pulso.
Baixe
e ouça o som de diferentes pulsares: (A medida RPS é Rotação
Por Segundo):
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