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Ganímedes: Um planeta ou uma Lua


Ganimedes é a maior lua de Júpiter e em nosso sistema solar, com um diâmetro de 5.262 km (3.280 miles). Se Ganimedes orbitasse o Sol no lugar de Júpiter, poderia ser classificado como um planeta.

Como Calisto, Ganímedes é provavelmente composto de um núcleo rochoso com um manto de água/gelo e uma crosta de rocha e gelo. Sua baixa densidade, de 1,94 g/cm3, indica que o núcleo ocupa cerca de 50% do diâmetro do satélite. O manto de Ganimedes é provavelmente composto de gelo e silicatos, e sua crosta é provavelmente uma grossa camada de água congelada.

Ganimedes não possui atmosfera conhecida, mas recentemente o Telescópio Espacial Hubble detectou ozônio em sua superfície. O total de ozônio é pequeno se comparado com a Terra. Ele é produzido quando partículas carregadas capturadas no campo magnético de Júpiter chovem na superfície de Ganimedes. Conforme as partículas carregadas penetram na superfície gelada, partículas de água são rompidas, levando à produção de ozônio. Este processo químico indica que Ganimedes provavelmente tem uma tênue e fina atmosfera de oxigênio tal qual detectada em Europa.

Ganimedes tem tido uma complexa história geológica. Tem montanhas, vales, crateras e fluxos de lava. Ganimedes é manchada tanto por regiões escuras quanto claras. Ele é extremamente cheio de crateras, especialmente nas regiões escuras, implicando uma origem antiga.




As regiões brilhantes mostram um diferente tipo de terreno - cordilheiras. Estas formações constituem complexos padrões e tem um relevo vertical de poucas centenas de metros e estendem-se por milhares de quilômetros. As formações entalhadas foram aparentemente formadas mais recentemente que a da área escura, cheia de crateras, por causa da tensão dos processos tectônicos globais. A verdadeira razão é desconhecida; entretanto, a expansão local da crosta parece ter realmente ocorrido, fazendo com que a crosta cisalhasse e separasse.

Notícias novas sobre as Luas de Júpiter: 


Uma elaborada coreografia de espaçonaves vai se desenrolar na década de 2020 entre Júpiter e suas luas, descobertas por Galileu, se os planos atualmente em discussão na Nasa e em outras agências espaciais forem aprovados nos próximos anos. O principal desses empreendimentos coordenados e colaborativos será a órbita de – e um possível pouso em – Europa, um mundo cientificamente intrigante onde evidências de um oceano sob sua crosta gelada apontam para um possível lar para vida extraterrestre.

Em fevereiro, a Nasa elegeu a viagem a Europa como prioridade na missão pioneira para os confins do sistema solar, deixando para depois uma proposta de viagem à lua Titã, de Saturno, sob a alegação de que chegar lá demandaria mais estudos e uma tecnologia mais avançada.

O plano geral, atualmente conhecido como Missão Sistema Europa Júpiter (EJSM, na sigla em inglês), inclui uma espaçonave da Nasa batizada de Orbitador Júpiter Europa (JEO), que entraria na órbita de Europa após uma passagem pelos arredores do planeta. Uma sonda da Agência Espacial Europeia (ESA), lançada separadamente, focaria na maior lua, Ganimedes, enquanto uma nave japonesa monitoraria o campo magnético de Júpiter.


Um pouso “não é uma coisa fácil de conseguir, primeiro porque não conhecemos a superfície em detalhes”, argumenta Ronald Greeley, geólogo planetário da Arizona State University e corresponsável pela equipe de definição da NASA para a missão a Europa. “Não sabemos o quanto o gelo é resistente, o quanto ele pode estar fragmentado ou como são as encostas.” Coletar essa informação é um objetivo primário da sonda planejada, tanto para uma possível nave russa como para módulos de pouso subseqüentes.

O JEO, com custo estimado de US$ 2,7 bilhões, precisa de aprovação do Congresso americano, que funcionários da Nasa esperam obter em um ou dois anos. Da mesma forma, outras espaçonaves propostas no EJSM precisarão do aval de seus respectivos governos.

Pela programação provisória da Nasa, o JEO seria lançado em 2020, chegaria ao sistema de Júpiter em 2025 e começaria a orbitar Europa no ano seguinte. A sonda também chegaria perto de outra lua jupteriana, Io, enquanto o aparato da ESA, batizado Laplace (homenagem ao matemático e astrônomo francês), investigaria Calisto e Ganimedes. Ter três equipamentos em órbita (incluindo a nave japonesa) facilitaria uma pesquisa detalhada da magnetosfera de Júpiter.

Entre os benefícios de um módulo de pouso russo está o fato de que seus dados da superfície dariam o que os cientistas chamam de “informação de terreno” para calibrar as medições remotas da sonda. Além disso, uma equipe de cientistas do Reino Unido propõe a inclusão, em uma das naves da Nasa ou da ESA, de um penetrador de cerca de meio metro de comprimento carregando uma pequena carga de aparatos científicos, que se destacaria e colidiria com a superfície de Europa ou Ganimedes.

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