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Satélite capta a maior galáxia espiral já registrada.



Astrônomos da NASA (Agência Espacial Norte-Americana), do ESO (Observatório Europeu do Sul) e da USP (Universidade de São Paulo) foram responsáveis por essa grande descoberta.

Um satélite captou, por acidente, a maior galáxia espiral já registrada por astrônomos. As imagens mostram uma explosão de luzes ultravioleta que indicam uma colisão com uma galáxia vizinha menor.

A equipe - que reúne cientistas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana); do Observatório Europeu do Sul, no Chile; e da USP (Universidade de São Paulo) - buscava dados sobre a formação de novas estrelas nas bordas da galáxia NGC 6872. As imagens foram captadas pelo satélite Galex (Galaxy Evolution Explorer).

As brasileiras Duília de Mello, astrônoma e professora na Universidade Católica de Washington; Fernanda Urrutia-Viscarra e Claudia Mendes de Oliveira, da USP (Universidade de São Paulo), além de Rafael Eufrasio, pesquisador-assistente no Goddard Space Flight Center, integram a equipe que tem também cientistas do ESO (Observatório Europeu do Sul).

"Não estávamos buscando por uma espiral. Foi um presente", diz Rafael Eufrásio, da Universidade Católica da América e membro do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa.

A galáxia NGC 6872, que fica a 212 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Pavo, já era conhecida por ter uma grande espiral. A espiral recorde, no entanto, resulta provavelmente de uma colisão com a galáxia vizinha IC 4970.

A galáxia em espiral possui, segundo estimativas dos astrônomos, um tamanho cinco vezes maior que a Via Láctea, ou seja, 500 mil anos luz de tamanho. A descoberta foi comunicada à Sociedade Astronômica Americana.

O Galex, um telescópio espacial especializado em descobrir novas estrelas, mostrou que a colisão tornou a galáxia NGC 6872 ainda maior.

A equipe usou ainda dados de outros telescópios e concluiu que estrelas mais jovens, que ficam nas bordas da espiral, se movem em direção ao centro da galáxia à medida que ficam mais velhas.

"A galáxia que colidiu com a NGC 6872 espalhou estrelas por toda a parte - em 500 mil anos luz de distância", explica Eufrásio.
Ele diz que a descoberta mostra como as galáxias podem mudar radicalmente de tamanho com as colisões.

O que intriga os pesquisadores é que apesar de acreditarem que galáxias crescem e engolem vizinhas menores, a interação entre a NGC 6872 e a IC 4970 parece agir no sentido oposto. Isso espalha as estrelas que poderão ainda formar uma nova galáxia de pequeno porte.



Fontes: BBC Brasil / NASA

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