Há momentos em que somos tomados por uma profunda sensação de perda,
bem diferente daquela que sentimos com a perda de entes queridos
próximos. Uma sensação mais sóbria,
menos desesperadora, porque nos atinge de maneira mais distante, mais
indireta. Mas não menos profunda.
Muitas pessoas — mas
proporcionalmente poucas se considerarmos todos os habitantes de nosso
planeta — experimentaram essa sensação indesejada e incômoda no dia 20
de dezembro (1996).
Aos 62 anos, Carl Sagan, o astrônomo norte-americano, o sábio ser humano do planeta Terra, nos deixou.
Os astrônomos sabem que quanto maior e mais brilhante é uma estrela,
mais rápida e furtiva é sua existência. E a estrela de Sagan sempre
brilhou muito... muito intensamente.
Carl Edward Sagan nasceu
em 9 de novembro de 1934, filho de Rachel e Samuel Sagan (um alfaiate
russo, emigrante da União Soviética), em New York, nos Estados Unidos.
Aos 12 anos teve seu interesse irreversivelmente atraído pela astronomia.
Em 1954 formou-se em física na Universidade de Chicago, onde, em 1955
bacharelou-se, em 1956 completou o mestrado e em 1960 completou também
seu Doutorado em Astronomia e Astrofísica.
Entre 1960 e 1968 Carl Sagan lecionou em algumas das principais universidades norte-americanas: Harvard, Stanford e Cornell.
Nessa última, onde lecionou a partir de 1968, fundou e dirigiu o Laboratório de Estudos Planetários.
Foi colaborador da NASA, como consultor e conselheiro, desde os anos
50, e em diversos projetos de grande envergadura, tendo participado de
forma decisiva na preparação e planejamento das missões Apolo (à Lua),
Mariner e Viking (à Marte), Voyager (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) e
Galileo.
Junto com outros pesquisadores e nomes de peso no
cenário artístico americano (Paul Newman, etc), fundou e dirigiu a The
Planetary Society.
Recebeu 22 títulos de honra concedidos por instituições de ensino superior dos Estados Unidos.
Sagan teve participação decisiva na explicação do efeito estufa na
atmosfera de Vênus. Também ajudou a explicar as mudanças sazonais na
atmosfera de Marte e o efeito de moléculas orgânicas complexas na
atmosfera de Titan, satélite de Saturno.
Além de inúmeros
artigos em boletins e revistas especializadas, em revistas de divulgação
e em revistas para o grande público, Sagan publicou vários livros.
Alguns técnicos e outros de divulgação científica.
Recebeu o prêmio Pulitzer de literatura, em 1978, por seu fascinante livro, Os Dragões do Éden.
Recebeu 3 prêmios Emmy (o “Oscar” da TV) por sua série para TV,
Cosmos. Estima-se que Cosmos tenha sido assistida por mais de 500
milhões de pessoas em mais de 60 países. Seu livro, de mesmo nome,
permaneceu por mais de 70 semanas na lista dos mais vendidos do New York
Times.
Em seus últimos anos, vivia em Ithaca, New York.
Com 62 anos, foi acometido de uma forte pneumonia, adquirida devido a
fragilização causada em seu organismo pela mielodisplasia — doença da
medula, perniciosa como o câncer, que o acompanhava há cerca de 2 anos.
Em 20 de dezembro de 1996, Carl Sagan deixou finalmente seu planeta natal. Deixou-nos e rumou, sozinho, para as estrelas.
Para conheceres um pouco mais sobre este extraordinário homem, podes visitar o portal dedicado a ele, no seguinte endereço: http://www.carlsagan.com/ (Inglês)
Olá, TsuLovers! Sou Rafael Lobato, e esta ideia de começar a fazer este tipo de divulgação científica começou simplesmente por acaso assistindo os episódios de Cosmos de Carl Sagan na minha infância, eu fiquei maravilhado com a vastidão do universo e sobre a nossa pequenez, e quem não ficaria?!
E para quem ainda não sabe quem foi Carl Sagan, ele é considerado o maior divulgador científico do século XX, e suas explicações simples onde revelava as descobertas da ciência encantavam dos mais leigos aos mais especialistas. Suas pesquisas sobre o sistema solar e a sua busca pela vida e inteligência extraterrestre, fizeram dele o astrônomo mais famoso do mundo. Seus numerosos livros e sua série Cosmos, inspiraram um punhado enorme de pessoas a divulgar, ensinar, estudar e fazer ciência.
Desde então, no decorrer dos anos, eu fui me aprofundando sobre este assunto tão vasto e maravilhoso, sempre buscando mais informações para continuar complementando o meu pensamento, e com a ajuda destes pensamentos, é que eu estou me tornando uma pessoa que ama todas as diferenças deste pálido ponto azul e além.
Venha se apaixonar pelo desconhecido! s2
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