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Carl Sagan, hoje ( 20/12/14 ) faz 19 anos que o maior divulgador sobre a cosmologia nos deixou:


Há momentos em que somos tomados por uma profunda sensação de perda, bem diferente daquela que sentimos com a perda de entes queridos próximos. Uma sensação mais sóbria, menos desesperadora, porque nos atinge de maneira mais distante, mais indireta. Mas não menos profunda.

Muitas pessoas — mas proporcionalmente poucas se considerarmos todos os habitantes de nosso planeta — experimentaram essa sensação indesejada e incômoda no dia 20 de dezembro (1996).

Aos 62 anos, Carl Sagan, o astrônomo norte-americano, o sábio ser humano do planeta Terra, nos deixou.

Os astrônomos sabem que quanto maior e mais brilhante é uma estrela, mais rápida e furtiva é sua existência. E a estrela de Sagan sempre brilhou muito... muito intensamente.

Carl Edward Sagan nasceu em 9 de novembro de 1934, filho de Rachel e Samuel Sagan (um alfaiate russo, emigrante da União Soviética), em New York, nos Estados Unidos.

Aos 12 anos teve seu interesse irreversivelmente atraído pela astronomia.

Em 1954 formou-se em física na Universidade de Chicago, onde, em 1955 bacharelou-se, em 1956 completou o mestrado e em 1960 completou também seu Doutorado em Astronomia e Astrofísica.

Entre 1960 e 1968 Carl Sagan lecionou em algumas das principais universidades norte-americanas: Harvard, Stanford e Cornell.

Nessa última, onde lecionou a partir de 1968, fundou e dirigiu o Laboratório de Estudos Planetários.

Foi colaborador da NASA, como consultor e conselheiro, desde os anos 50, e em diversos projetos de grande envergadura, tendo participado de forma decisiva na preparação e planejamento das missões Apolo (à Lua), Mariner e Viking (à Marte), Voyager (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) e Galileo.

Junto com outros pesquisadores e nomes de peso no cenário artístico americano (Paul Newman, etc), fundou e dirigiu a The Planetary Society.

Recebeu 22 títulos de honra concedidos por instituições de ensino superior dos Estados Unidos.

Sagan teve participação decisiva na explicação do efeito estufa na atmosfera de Vênus. Também ajudou a explicar as mudanças sazonais na atmosfera de Marte e o efeito de moléculas orgânicas complexas na atmosfera de Titan, satélite de Saturno.

Além de inúmeros artigos em boletins e revistas especializadas, em revistas de divulgação e em revistas para o grande público, Sagan publicou vários livros. Alguns técnicos e outros de divulgação científica.

Recebeu o prêmio Pulitzer de literatura, em 1978, por seu fascinante livro, Os Dragões do Éden.

Recebeu 3 prêmios Emmy (o “Oscar” da TV) por sua série para TV, Cosmos. Estima-se que Cosmos tenha sido assistida por mais de 500 milhões de pessoas em mais de 60 países. Seu livro, de mesmo nome, permaneceu por mais de 70 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times.

Em seus últimos anos, vivia em Ithaca, New York.

Com 62 anos, foi acometido de uma forte pneumonia, adquirida devido a fragilização causada em seu organismo pela mielodisplasia — doença da medula, perniciosa como o câncer, que o acompanhava há cerca de 2 anos.

Em 20 de dezembro de 1996, Carl Sagan deixou finalmente seu planeta natal. Deixou-nos e rumou, sozinho, para as estrelas.

Para conheceres um pouco mais sobre este extraordinário homem, podes visitar o portal dedicado a ele, no seguinte endereço: http://www.carlsagan.com/ (Inglês)

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