Um
auto-retrato feito pelo Curiosity, da NASA, em 15 de junho de 2018,
em Marte. Na foto, é possível ver como o planeta ficou com a
tempestade de areia. (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
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O que sabemos mais sobre este assunto é que em Marte, as tempestades de poeira ocorrem durante o período de verão no hemisfério sul, quando o planeta se encontra mais próximo do periélio da sua órbita. O aumento da intensidade luminosa produz na atmosfera variações térmicas significativamente mais intensas, o que por sua vez, resultam na formação de ventos fortes o suficiente para levantarem pequenas partículas de poeira da superfície, algumas com cerca de 0,01 mm de diâmetro.
Mas, quando comparada com a da Terra, os ventos das tempestades marcianas sopram a menos de metade da velocidade típica dos ventos dos ciclones tropicais na Terra. Isto acontece porque Marte tem uma atmosfera extremamente rarefeita.
A última tempestade que teve magnitude global em Marte foi em 2007.
As tempestades de Marte acabaram forçando o Rover Opportunity, movido a energia solar, a ficar em modo de espera e conservar sua energia. Por outro lado, o Rover movido a energia nuclear Curiosity e os orbitadores da NASA não foram afetados e podem continuar coletando dados enquanto o fenômeno está engolindo Marte.
Uma
tempestade de poeira vista pela sonda Mars Express, em abril de
2018.
Crédito: ESA/DLR/FU Berlin. |
A atual tempestade está sendo monitorizada pelas sondas da ESA e da NASA que estão orbitando neste momento o planeta vermelho.
O
mapeamento do planeta está sendo feito pelo Mars Color Imager a
bordo do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) todas as tardes, de modo a
acompanhar a evolução da tempestade. O instrumento Mars Climate
Sounder, que também pertence à MRO, tem medido as mudanças de
temperatura da atmosfera.
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