Em alta

6/recent/ticker-posts

Ad Code

Anuncie Aqui

A tempestade de poeira em Marte está a todo vapor!

Um auto-retrato feito pelo Curiosity, da NASA, em 15 de junho de 2018, em Marte. Na foto, é possível ver como o planeta ficou com a tempestade de areia. (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)


Os cientistas ainda não sabem muito sobre as tempestades de areia espaciais, principalmente em Marte que acontecem a cada uma década, e tampouco como elas se formam ou como evoluem. Mas, graças às sondas marcianas da NASA/ESA, esse cenário deve mudar, com os pesquisadores obtendo dados preciosos para trabalhar, ainda mais agora que uma enorme tempestade de areia cósmica está cobrindo o planeta em questão, com nuvens e neblina.

O que sabemos mais sobre este assunto é que em Marte, as tempestades de poeira ocorrem durante o período de verão no hemisfério sul, quando o planeta se encontra mais próximo do periélio da sua órbita. O aumento da intensidade luminosa produz na atmosfera variações térmicas significativamente mais intensas, o que por sua vez, resultam na formação de ventos fortes o suficiente para levantarem pequenas partículas de poeira da superfície, algumas com cerca de 0,01 mm de diâmetro.

Mas, quando comparada com a da Terra, os ventos das tempestades marcianas sopram a menos de metade da velocidade típica dos ventos dos ciclones tropicais na Terra. Isto acontece porque Marte tem uma atmosfera extremamente rarefeita.

 
A última tempestade que teve magnitude global em Marte foi em 2007.

As tempestades de Marte acabaram forçando o Rover Opportunity, movido a energia solar, a ficar em modo de espera e conservar sua energia. Por outro lado, o Rover movido a energia nuclear Curiosity e os orbitadores da NASA não foram afetados e podem continuar coletando dados enquanto o fenômeno está engolindo Marte.

Uma tempestade de poeira vista pela sonda Mars Express, em abril de 2018.
Crédito: ESA/DLR/FU Berlin.


A atual tempestade está sendo monitorizada pelas sondas da ESA e da NASA que estão orbitando neste momento o planeta vermelho.

O mapeamento do planeta está sendo feito pelo Mars Color Imager a bordo do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) todas as tardes, de modo a acompanhar a evolução da tempestade. O instrumento Mars Climate Sounder, que também pertence à MRO, tem medido as mudanças de temperatura da atmosfera.

Enquanto isso, o THEMIS, da sonda Mars Odyssey, vem monitorando a temperatura do planeta e também a da atmosfera, bem como a quantidade de poeira nessa camada. A sonda MAVEN da NASA, por sua vez, também está estudando como o fenômeno progrediu, afetando a atmosfera superior de Marte, ao passo que a Curiosity verifica o solo, monitorando ventos e medindo as partículas de poeira.

Isso tudo significa que pode levar algum tempo até que algo seja descoberto. Os pesquisadores, inclusive, acreditam que a tempestade pode durar meses, e que a neblina irá se dissipar o suficiente apenas em setembro. Quando isso acontecer, o Opportunity poderá começar a trabalhar novamente.
  
Fontes: NASA/CanalTech

Postar um comentário

0 Comentários