Uma
das maiores iniciativas de pesquisa científica e tecnológica do
país, as bolsas CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico) poderão estar com os dias e meses
contados. Isso porque um novo corte se aproxima do orçamento do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC) e a previsão é que alunos e pesquisadores possam estudar
com o auxílio somente até o mês de setembro.
Em contrapartida, somente em 2021, o governo federal pretende inserir no currículo do ensino
médio a formação voltada para investigação científica e
processos criativos.
Anunciada
pelo governo federal, a notícia do corte de verbas para iniciação científica já vem sendo repercutida pelas principais entidades
científicas do país. O CNPq fornece, aproximadamente, 80 mil
bolsas, bancando 11 mil projetos. São oferecidas diversas
modalidades de bolsas no país e também para o exterior
para graduação com Iniciação Científica, Pós-graduação
com Mestrado e Doutorado.
E ainda tem mais, a
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia
Brasileira de Ciências (ABC) e a Associação Nacional dos
Dirigentes de Instituições Federais de Ensino (Andifes) condenaram
o corte de 42,27% na verba para investimento no orçamento do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), anunciado pelo governo Bolsonaro (PSL). Segundo as
entidades, o corte “inviabiliza o desenvolvimento científico e
tecnológico do País”.
Em 29/03/19, o decreto assinado por Bolsonaro cortou R$
36 bilhões nas despesas discricionárias, que incluem custeio e
investimento do Orçamento da União. No caso do MCTIC, o bloqueio
foi de R$ 2,158 bilhões do valor definido na Lei Orçamentária
Anual (LOA) de R$ 5,105 bilhões.
A
carta enviada ao governo federal é assinada pelos dirigentes das
principais entidades cientificas do país: Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira; a Academia
Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich; a Associação
Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino
(Andifes), Reinaldo Centoducatte; o Conselho Nacional das Fundações
de Amparo à Pesquisa (Confap), Evaldo Ferreira Vilela; o Conselho
Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e
Tecnologia (Consecti), Gilvan Máximo; e o Fórum Nacional de
Secretários Municipais da Área de Ciência e Tecnologia, André
Gomyde.
A
carta foi enviada na segunda-feira (1º de Abril de 2019), aos ministros Marcos
Pontes, do MCTIC; Almirante Bento Costa Lima Leite, do Ministério
das Minas e Energia (MME); Paulo Guedes, da Economia; Onyx Lorenzoni,
chefe da Casa Civil; ao presidente do Senado Federal, Davi
Alcolumbre; e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Na
carta as entidades destacam que a Ciência e Tecnologia no país já
sofrem pelos cortes realizados por Dilma (PT) e Temer (PMDB) nos
últimos anos.
Fontes:
SBPC / Educa
mais brasil / Hora do povo
0 Comentários