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Por mais de meio século, cálculos de renomados cientistas apontaram para a existência de um planeta na órbita entre Mercúrio e o Sol - que jamais foi localizado. A lei da gravitação universal, formulada por Newton em 1687, foi usada para elaborar a hipótese do tal planeta Vulcano (Deus romano do fogo).
"É um planeta, ou se preferir, um grupo de planetas menores que circulam na proximidade da órbita de Mercúrio", propôs em 1859 Urbain Joseph Le Verrier, o mais famoso astrônomo do mundo à época e diretor do Observatório de Paris. Ele dizia que só um planeta "seria capaz de produzir a perturbação anômala sentida por Mercúrio".
Treze anos antes de indicar a existência de Vulcano, La Verrier já havia apresentado à academia francesa a proposta de que um planeta perturbava a órbita de Urano, e ele o encontrou, era o planeta Netuno.
E então, posteriormente para resolver a incógnita de Mercúrio, cujo periélio (o ponto em que um planeta se encontra mais próximo do Sol) parecia mudar ligeiramente a cada órbita, Le Verrier seguiu o mesmo método usado anteriormente para descobrir Netuno, para descobrir o tal planeta Vulcano.
Ao longo dos anos, astrônomos - profissionais e amadores - anunciaram ter avistado Vulcano. Mas a existência do planeta foi confirmada e negada várias vezes. A mídia divulgou a notícia de sua presença mais de uma vez e a especulação persistiu até o século 20. Mas precisamente até novembro de 1915.
A busca por Vulcano teve seu fim na Academia Prussiana de Ciências quando Albert Einstein bagunçou a visão corrente sobre o Universo com sua Teoria da Relatividade.
Mercúrio, de acordo com a teoria da relatividade, não estava tendo a órbita alterada por nenhum outro objeto.
Com seus cálculos, Einstein demonstrou que a relatividade geral predizia a diferença observada no periélio mercuriano.
Simplesmente, ele se move por um espaço-tempo distorcido.
Créditos: Biblioteca do Congresso dos EUA / NASA
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