Descoberto em 19 de junho de 2004, Apophis ganhou rapidamente a atenção dos cientistas e do público em geral. E não é para menos. A rocha tem cerca de quatro vezes o tamanho de um campo de futebol e os cálculos iniciais indicavam que existiam 2.7% de possibilidades de impacto durante a aproximação prevista para o ano de 2029 e grande chance para o rasante que ocorrerá em 2036.
Algum tempo depois, após extensiva reanálise de dados a previsão de impacto para 2029 foi descartada, mas as chances de que Apophis poderia se chocar contra a Terra em 2036 estava mantida, o que fez de Apophis um dos objetos mais perigosos de todos os tempos a ameaçar realmente o nosso planeta.
Asteróide 2004MN4 - (99942 Apophis) |
"Com os novos dados coletados pelos observatórios ópticos de Monte Madalena, no Novo México e Pan-Starrs, no Havaí, além de dados do Goldstone Solar System Radar nós verificamos que a chance de impacto é agora muito menor que aquela calculada anteriormente e não passa de 1 em 1 milhão", disse Don Yeomans, chefe do programa NEO de Objetos Próximos à Terra, do JPL.
Mais está muito longe as notícias devem variar muito ainda.E mais um comunicado da NASA é que existe uma ínfima possibilidade desse asteróide se chocar com a Terra em 12 de abril de 2068.( 2,3 para 1 milhão).
Abaixo está a primeira notícia sobre o asteróide apophis:
Mesmo que você pense que a única vida no universo está na Terra, não estamos sozinhos. Além dos outros planetas e luas, no Sistema Solar existem incontáveis toneladas de poeira espacial, milhões de meteoros, asteróides, cometas e vários tipos e tamanhos de fragmentos (incluindo o lixo que nós mesmo deixamos lá) voando a velocidades incríveis e em todo tipo de órbitas. A Terra é atingida por coisas todos os dias - isso só não é observado pelas pessoas porque o impacto não é notável. A poeira espacial não nos agride. Os maiores asteróides que atingem a Terra são do tamanho de uma bola de basquete no momento em que entram nas condições de combustão da atmosfera terrestre, e esses a atingem cerca de uma vez por semana. Só os astrônomos notam. Teria que ser alguma coisa maciça - maciça em termos de espaço - para fazer com que o resto de nós notássemos. E a última vez que notamos foi em 1908, quando um asteróide com o tamanho de um campo de futebol explodiu na atmosfera da Terra, com a força de uma bomba de 15 megatons, destruindo uma área de 2.000 km² da Sibéria. A bomba nuclear sobre Hiroshima tinha uma potância de 15 kilotons.
Portanto, imagine as sobrancelhas franzidas quando a Nasa anunciou que estava expandindo seu Programa para Objetos Próximos à Terra, que identifica e rastreia asteróides, e a Agência Espacial Européia está lançando uma missão para testar um método potencial de desvio de asteróide. Constata-se que, estatisticamente falando, um asteróide do tamanho de um campo de futebol deve atingir a Terra a cada cem anos. Então - estatisticamente falando - estamos no previsto. Mas o asteróide que os cientistas observaram, fazendo conferências e liberando relatórios cuidadosamente escritos, é pelo menos quatro vezes maior que um campo de futebol, e "detoná-lo" é ralmente o último recurso. É chamado Apophis, e tem cerca de 330 metros de diâmetro. A pedra de 45 milhões de toneladas está orbitando o Sol a 45 mil km por hora. Se atingir a Terra, pode facilmente destruir uma grande cidade.
De acordo com todas as fontes, as chances de colisão são pequenas, cerca de uma em 45 mil, e estão ficando menores. Em 2005 os cientistas calcularam que o Apophis tinha uma em 5.500 chances de colidir com a Terra, e eles previram que a chance de colisão continuará a diminuir. Usando cálculos baseados nas posições relativas da Terra e do Apophis em 2007, o asteróide estará dentro de 39 mil km da Terra em 2029. Isso é muito perto, muito mais perto da Terra do que está a Lua, e seremos capazes de ver a olho nu durante o dia e a noite. Mas não é com o risco iminente que os astrônomos estão preocupados. O asteróide pode chegar ainda mais perto da Terra em 2036 e há alguns algorítmos que prevêem uma colisão, mas a maioria dos especialistas diz que ele não nos atingirá. Ainda assim, as preparações estão em curso.
A rota de colisão do Apophis |
Há algumas grandes idéias pelo mundo afora. Uma deles tem várias naves espaciais ancorando no Apophis, perfurando sua superfície e bombeando para fora o seu conteúdo. A Nasa realmente fez alguma coisa como essa com sucesso na sua missão Deep Impact, que disparou um projétil para dentro de um cometa com a finalidade de revelar a composição do cometa. Com o Apophis, o objetivo seria bombear o material para fora no espaço, com força suficiente para empurrar o Apophis na direção oposta, tirando-o do curso. Os cientistas também falam sobre enviar uma nave espacial para dentro da órbita do asteróide para voar próximo a ele. Essa espaçonave "trator de gravidade" alteraria essencialmente a equação da gravidade que mantém o Apophis na sua rota, puxando o asteróide até que sua posição não mais ameace a Terra.
Modelo artístico do "Trator Gravitacional" |
Quarenta e cinco milhões de toneladas de velocidade do asteróide à parte,o Apophis é alguma coisa mais ou menos ameaçadora. A Nasa estima que há 100 mil asteróides orbitando perigosamente próximos à Terra neste momento, que eles são grandes o suficiente para causar problemas, e a agência só está rastreando 4.000 deles. Precisamos solidificar um plano de ataque. Por outro lado, há 100 mil asteróides orbitando perigosamente próximos à Terra neste momento. E agora?
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