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Por que a Lua está a cada ano mais distante da Terra?


Acredita-se que a Lua foi formada há cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, quando um protoplaneta do tamanho de Marte colidiu com a Terra. Os detritos resultantes do impacto se fundiram e formaram a Lua – ao menos, é o que apontam as simulações do impacto, com resultados bastante consistentes com o sistema que vemos no século XXI.

As simulações também mostram que, no momento da colisão, a Lua estava muito mais próxima da Terra, a uma distância de pouco mais de 22 mil quilômetros. Atualmente, essa distância é calculada em 384 mil quilômetros e a cada ano aumenta cerca de 3,8 centímetros.

De acordo com cientistas, essa migração se dá devido à ação das marés. A atuação da força gravitacional da Lua causa alterações no nível da água do mar em nosso planeta, e faz com que as marés se “alinhem” ao satélite durante o movimento de rotação da Terra. No entanto, uma faixa das águas está sempre um pouco à frente da Lua.


O resultado desse fenômeno é que parte da energia da Terra é transferida para a saliência das marés, através da resistência apresentada pelas duas superfícies em contato, movimentando-se uma em relação à outra. Essa grande massa de água, em seguida, exerce a sua própria atração gravitacional sobre a Lua, fazendo com que ela se acelere.

Aumentando sua velocidade, o satélite se afasta. A comparação utilizada pelos investigadores é a de crianças brincando num gira-gira: quanto mais veloz, mais forte a sensação de se estar a ser atirado para fora.

Porém, o efeito oposto acontece com a Terra: Nossa velocidade está diminuindo. Quando a Lua estava recém-formada, por exemplo, os dias em nosso planeta duravam cerca de 5 horas, mas durante 4,5 bilhões de anos nós travamos o suficiente para deixar o dia com as 24 horas com que estamos familiarizados.


A principal preocupação, contudo, não é com a duração dos dias em si. Mas, assim como um prato girando numa vara, velocidade é a chave para manter o equilíbrio do objeto. De maneira semelhante, o nosso planeta pode começar a oscilar lentamente, o que terá um efeito devastador em nossas estações, com variações de temperaturas muito maiores do que estamos acostumados.

Como seres adaptáveis, teríamos a capacidade de sobreviver, transformando o ambiente de acordo com nossas necessidades: Muito ar-condicionado no verão e aquecedores no inverno. Mas, o que aconteceria com os animais? Infelizmente, estes não são tão adaptáveis às mudanças climáticas, e muitos não seriam capazes de evoluir com rapidez suficiente ou migrar para lugares mais seguros.

Segundo os cientistas, no entanto, temos nada a temer. Mudanças como essas podem levar 50 bilhões de anos, ou seja, como o Sol em apenas 1 bilhão de anos estará 15% mais quente, nada na Terra estará viva e os humanos, não se destruindo com guerras sem sentido, a alta tecnologia nos levará as estrelas e aos novos planetas que habitaremos, então pensar que a Lua vai nos deixar é uma bobagem, porque em  5 bilhões de anos não existirá mais a Terra, por conta de que o Sol irá se expandir até a orbita da Terra, e possivelmente irá engoli-la e junto com ela a nossa Lua.

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